ARQUIVO HISTÓRICO

Esse espaço será dedicado a posts relacionados à História da fundação de Jundiaí.

Antes de começarmos nossos posts, porém, gostaríamos de contar que esse projeto começou com uma pesquisa histórica, por isso achamos interessante alimentar a nós e a esse site com trechos de livros que foram e estão sendo importantes para nosso processo.

E lembrar que não somos historiadores; portanto, nosso olhar é de artistas e cidadãos lendo História.

“A história de uma cidade pode ser um espelho da história de uma província, estado, região, nação. Se não um espelho fiel, ao menos um reflexo de muitos traços, que a história da nação às vezes esconde. A sociedade nacional, em suas diversidades, articulações e antagonismos, tem sempre algo a ver com a cidade.” (IANNI, Octavio. Uma cidade antiga. Ed. Da Unicamp, 1988.)

Jundiaí, na época de sua fundação, remete a uma região vasta que engloba hoje dezenas de cidades.

“Seus primeiros limites, como “Porta do Sertão”, eram o Rio Grande, que hoje divide nosso Estado com o de Minas Gerais, com a Vila de Santana do Parnaíba e a Vila de São Paulo, que tinha como termo a Freguesia de Juqueri.” (MAZZUIA, Mário. Jundiaí e sua História. Edição patrocinada pela Prefeitura do município de Jundiaí, 1979.)

Por isso, falar sobre Jundiaí é, concreta e simbolicamente, falar sobre muitas cidades.

I

II

Em nossas pesquisas na biblioteca municipal Nelson Foot, encontramos o livro Elementos para a História de Jundiaí.

O livro descreve e documenta a jornada da Sub-Comissão do Marco Histórico, um grupo que se formou em 1955 com o intuito de pesquisar a História de Jundiaí e estabelecer a verdadeira versão sobre a fundação da cidade. Ao longo do livro, são colocadas e questionadas diferentes versões sobre os primeiros povoadores, os primeiros moradores, os primeiros fundadores.

Essa história foi a inspiração inicial para a escrita do texto SER TÃO DE ORIGEM.

Em nossas pesquisas no Centro de Memória, encontramos o livro Jundiaí na História. O primeiro capítulo deste livro fala sobre a fundação da cidade:

“Foi a partir das primeiras décadas do século XX, que vários estudiosos passaram a se interessar pelo passado das cidades paulistas, entre elas, Jundiaí. Entrementes, a data de sua fundação, bem como os nomes dos seus fundadores, constitui ponto de controvérsia até os dias de hoje. Na verdade, existem três versões correntes sobre a fundação da cidade.”

Essas versões seriam:

1) a de que Rafael de Oliveira e Petronilha Antunes foram os fundadores;

2) a de que Jerônimo de Camargo foi o primeiro fundador;

3) a de que Manoel Preto e Francisco Gaia foram os primeiros fundadores.

III

O brasão de Jundiaí tem autoria de Affonso de E. Taunay e traz elementos relativos à História da terra-povoado-vila-cidade que muito nos interessaram.

Há um rio de prata com peixes jundiás, em referência ao peixe que deu nome à vila e, depois, à cidade.

Há um bandeirante, remetendo ao período em que essas terras foram passagem para as bandeiras.

Há um índio do tamanho das árvores, lembrando os gigantes curuquiãs, cuja estatura, segundo os cronistas, atingia os 5 metros.

Há a inscrição dos anos de 1615 e 1655, em alusão ao ano em que chegaram os primeiros fundadores não indígenas e ao ano da elevação do povoado à vila.

Há a inscrição Etiam per me Brasilia magna, que significa Também graças a mim o Brasil se tornou grande.